Estou aqui tentando compreender o que foi dito pela Candidata Dilma.
Se fosse um texto escrito ela teria de ser mais direta. Contudo, numa entrevista televisada devemos considerar um contexto maior. Ao responder as perguntas sobre educação – quando pode responder – a candidata afirmou o seguinte:
“Então, vamos embora. Olha lá, os dois anos, os anos finais do ensino fundamental e o ensino médio, de fato, não estão bons. Nós não conseguimos entrar na meta. Nos últimos anos do ensino fundamental, nos aproximamos. No ensino médio, não nos aproximamos. Nós temos esse diagnóstico do ensino médio. Tanto é assim que criamos o Pronatec. O Pronatec tem duas partes, uma parte é ensino técnico. Por que criar um ensino técnico? Porque o jovem do ensino médio, ele não pode ficar com 12 matérias, incluindo nas 12 matérias, filosofia e sociologia. Não tenho nada contra filosofia e sociologia, mas um currículo com 12 matérias não atrai um jovem. Então, nós temos que primeiro ter uma reforma nos currículos e isso não é algo trivial. O governo não faz isso por decreto, porque tem todos entes federados envolvidos”.
Se a tentativa não é de suprimir Sociologia e Filosofia então por qual razão a expressão “Não tenho nada contra Filosofia e Sociologia, mas um currículo com 12 matérias não atrai um jovem”. Eu creio que o direcionamento será a supressão. Contudo, da forma ridícula que as escolas tratam estas duas “matérias” e com um direcionamento “tecnológico” o melhor é suprimir mesmo. É o ultimo passo de uma caminhada que começou na ditadura com os Ministros-Generais, uma proposta de supressão que marca as Ditaduras e as Tecno-Burocracias autoritárias.
A Filosofia e a Sociologia no ensino médio são ridículas, sem tempo, sem valorização e não atraem o “jovem” mesmo, pois o “jovem” está interessado em qualquer outra coisa que não seja a “escola”. O interesse está no “mercado de trabalho”, grana para consumir as bugigangas tecnológicas. Isto completa o circulo: ensina-se tecnologia para um público interessado em grana para consumir tecnologia. Então vamos embora: escola para criar mão-de-obra para a produção de tecnologia. A Filosofia e a Sociologia apenas teriam validade como “matérias” (expressão do século XIX) se alguém estivesse interessado nelas. Nem alunos nem professores que, quando são ligados à filosofia, insistem com Marx, Boff e outras coisas descabeladas muito mais próximos à ideologias, quando não passam as aulas escutando “legião urbana para compreender a “existência”…. Perda de tempo. Suprima-se, candidata, suprima-se.
Mais uma sugestão: por acaso o “jovem” que chega à escola já não sabe fazer contas e falar português? Claro que sabe: peça para lhe explicar o que é um Smartphone (ele irá usar a língua portuguêsa) e quanto custa. Logo, menos duas disciplinas e ficamos com um currículo enxuto e bem útil: 8 matérias. O “Jovem” vai adorar!!!! Não que eu tenha algo contra as matérias de português e matemática, .